
Nas
suas andanças na antiga Avenida Central ( Rio Branco ), João fazia sua leitura
particular sobre o paradoxo de uma cidade que buscava civilizar – se com
construções neoclássicas, da Art Nouveau, sob forte influência da Belle Époque
e cortiços que foram colocados à baixo pelo prefeito Pereira Passos,
alimentando almas com paixão, descrição, bem definida por ele: “Movemos as
nossas mãos e damos vibração à atmosfera que as cerca. A vibração estende – se indefinidamente,
de modo que o impulso dado chega a todas as partes da terra e do ar. Os
movimentos da alma têm também a sua matemática moral”. O Rio é o néctar do
escritor, bebendo o absinto cultural, o povo mesclado de etnias, idéias,
conceitos, o pater famílias como herança de um Brasil Colônia, mas rompida com
o arcaísmo e totalmente entregue ao Modernismo, primeiramente literário,
radiando uma nova mentalidade, uma antítese que estava presente em um Brasil em
transformação, um novo Rio. A melhor maneira de pensar sobre o Rio, ler o Rio
de Janeiro, este mundo distante, mas ao mesmo tempo presente com seus prédios e
casarões no centro do Rio. Uma cidade que encantou o acadêmico e todos que
olham o Rio com encanto e vibração.
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