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domingo, 6 de março de 2011

A ERA DOS IMPÉRIOS: 1875 - 1914


“Apenas uma confusão política completa e um otimismo ingênuo podem impedir que se reconheça que os esforços inevitáveis em favor da expansão comercial de todas as nações civilizadas, sob controle da burguesia, após um período de transição de concorrência aparentemente pacífica, se aproximam nitidamente do ponto em que apenas o poder decidirá a parte que caberá a cada nação no controle econômico da Terra e, portanto, a esfera de ação de seus povos e, especialmente, do potencial de ganho de seus trabalhadores.”

Max Weber, 1894.

O renomado sociólogo alemão Max Weber( 1864-1920 ) foi sucinto e preciso ao analisar um dos momentos mais otimistas da produção intelectual, cultural e econômica no ultimo quartel do século XIX e início do século XX, com intensas manifestações econômicas, fruto dos movimentos imperialistas que marcaram consideravelmente alguns Estados, sobretudo com uma política imperialista, dentre eles os mais significativos foram o Império Habsburgo, o Império Nipônico, o russo dos czares, o respeitável Império Otomano e o não menos importante, o Império Brasileiro. A era imperial foi objeto de estudo e publicação elementar do hors – concours em história contemporânea Eric Hobsbawn. ( A era dos impérios: 1875-1914 – Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998 ).
O historiador vai à fundo na dialética entre classe trabalhadora, numa perspectiva socialista e marxista, numa Europa com forte impacto industrial, buscando mercados globais e consumidores globais, desde famílias nucleares e burguesas que estavam amando a cultura da belle époque no fin de siécle. O pensador esmiúça a formação da cultura política, dando ênfase na organização da classe trabalhadora, fazendo frente aos burgueses, tendo como um fato histórico peculiar o surgimento do Partido dos Trabalhistas ingleses em 1900, fortalecendo sindicatos e a própria classe dos trabalhadores. Com o mesmo propósito, estava nascendo o Partido Social - Democrata alemão, sob o impacto de um republicanismo com os moldes revolucionários franceses. O objetivo máximo dos burgueses era a "modernização" em todas as esferas, explorando a tecnologia e a pluralidade do saber intelectual e cultural, tendo como principais referências Nietzsche, Oscar Wilde( 1854-1900 ), Bernard Shaw( 1856-1950 ) , Rosa Luxemburgo( 1871-1919 ) entre outras referências intelectuais. O historiador cita o magnífico exercício metafísico do filósofo Nietzsche( 1844-1900 ) sobre o mito dos "super-homens" da classe burguesa numa Europa darwinista social. A metafísica científica e academicista, exemplifica o evolucionismo do homem, tendo como principal referência o renomado físico Albert Einstein( 1879-1955 ) com a sua "Teoria da Relatividade", publicada em 1905; com toda certeza, a pesquisa mais importante desde Isaac Newton( 1643-1727 ). Segundo o historiador, os sensos entre 1875 e 1914 mostram o crescimento considerável da sociedade européia, independente da classe em que os europeus e outros povos pertenciam, de uma forma consistente e plena. O livro é uma importante fonte histórica de acontecimentos do homem em um mundo de pura transição, desde os relatos do grande pensador Karl Marx ( 1818-1883 ) em seu tempo, passando por intelectuais que registraram o niilismo e o neopositivismo burguês entre os séculos XIX e XX.

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