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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

HERANÇAS HOMÉRICAS



A literatura tem duas vertentes que são fundamentais para serem discutidas em uma roda de amigos ou no meio acadêmico ou escolar. A primeira é o conhecimento literário via oralidade e a segunda através da própria escrita. A formação da cultura literária entre os helênicos, por volta doas séculos VII e VI a.C; com o ícone das letras gregas e precursor das obras mitológicas com o realismo, o poeta Homero. Este escritor publicou duas obras que são a grande referência para os escritores pós – Homero, com os clássicos “Ilíada” e “Odisséia”.
Os escritores que vieram posteriormente, como o romano Virgílio, escreveu o clássico “Eneida” como um mosaico literário, semelhante a própria cultura heleno – latina e resgatada com muita propriedade pelo renascentista e barroco Dante Alighieri com a “Divina Comédia”, prontamente estudada pelo historiador Fernand Braudel, buscando as relevâncias da cultura clássica em um mundo que estava metamorfoseando. As obras de Homero foram escritas no alfabeto cirílico, escrita pelo seu sobrinho, cujo nome também é Homero devido a falta de capacidade do seu tio de escrever por causa da cegueira.
A Grécia Antiga deixou – nos algumas cronologias, como uma crônica em mármore e redigida por um escritor desconhecido em 264 a.C em “Mármore de Paros” ou do cronista Eratóstenes que escreveu “Cronologia” ou o bibliófilo Apollodoro, com a obra “Biblioteca”, valorizando incunábulos, desde os deuses até as obras homéricas, com refinamento e classe. Estes escritores, foram verdadeiros arqueólogos do saber, não deixando no esquecimento, o historiador Tucídites com a obra “História das guerras do Peloponeso” ou do geógrafo Strabon, que mapeou com a escrita arcaica grega, o mundo helênico, tornando – se hors concours em descrição do seu tempo.
Todos estes escritores foram pertinentes na costura, fios e rastros, no lirismo poético na literatura antiga e na lapidação das idéias, conceitos, historiografia e principalmente na composição cultural dos homens antigos e em formação, herdada pelo ocidente, deixando uma herança intelectual para nós e compreensão da formação das almas no mundo grego. Como em qualquer arte, e a literatura não é diferente, o gênio foi Homero e os demais são discípulos que não permitiram a morte de uma cultura literária, mesmo quando ocorreram pilhagens entre etnias no mundo grego.
Os escribas foram fundamentais para a composição jurídica das Cidades – Estados, usando o sistema pictográfico como forma única e técnica para as sociedades antigas. A literatura e a história da literatura, são os únicos caminhos que podemos percorrer e entender o cotidiano e a temporalidade no mundo antigo e criarmos o paralelo com o nosso tempo presente.

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