O que busca?

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A literatura germânica




Os escritores alemães deixaram um legado literário excepcional com obras expressivas, desde a Idade Média, passando por Goethe, Nietzsche e Brecht.


A literatura alemã tem uma riqueza de obras bem escritas, com publicações sob forte influência da cultura heleno – latina com sagas épicas dos povos germânicos como o “Parzifal” do escritor Wolfram von Eschenbach e o tão conhecido “Tristão e Isolda” , de Gottfried von Strassburg, com narrativas lendárias baseadas na história do Rei Arthur. Entre a Baixa Idade Média e o período do Renascimento, a língua germânica ganha força perante a língua latina, principalmente com o papel que Martinho Lutero desempenhou, traduzindo a Bíblia do latim para o alemão, língua vernácula. Uma clara fusão do latim com línguas germânicas.

No final do século XVIII surge o grande escritor do pós – iluminismo francês e fundador do “aufklarung” alemão, conhecido como Goethe, que escreveu um belo romance “Os Sofrimentos do Jovem Werther”, o primeiro best – seller da literatura alemã, obra de grande relevância no período do Classicismo, colocando a língua alemã no cenário mundial com uma pitada literária da escrita Barroca, herança é claro, do Renascimento e dos escritores renascentistas.

Ainda no século XVIII surgem pensadores pós – Kant, como Hegel que escreveu um clássico da filosofia “Fenomenologia do espírito”, uma obra racionalista e buscando conceitos com uma síntese absoluta, que vai além do conhecimento pregado pelo filósofo Kant. No século XIX temos o célebre filósofo Nietzsche que foi um profundo estudioso da cultura e filosofia grega, escrevendo obras como “O nascimento da tragédia” com uma clara tendência socrática, ou seja, excessivamente racional e enaltecendo o conflito apolíneo e dionisíaco, uma dialética tipicamente mitológica. Nietzsche escreveu muitas outras obras, verdadeiros clássicos da Filosofia e de grande relevância, amigo do compositor nacionalista Wagner, apresentou desilusão com o amigo e escreveu uma obra conhecida como “Humano, demasiado humano”, uma clara referência ao compositor alemão.

No século passado, surgiram novos escritores e pensadores de grande importância fora e dentro do meio acadêmico como o dramaturgo Bertolt Brecht. Ele escreveu peças de teatro com um fundo épico e a sua obra mais famosa “Um Homem é um Homem” construindo uma ideia que o homem pode mostrar transformações no seu espírito. Temos também Thomas Mann que escreveu romances enaltecendo a cultura e comportamento dos europeus pós – I Guerra Mundial ( 1914 – 1918 ) como a obra “A Montanha Mágica”, belíssima obra e um clássico da literatura alemã. Para concluir, temos os filósofos Walter Benjamin, marxista convicto e amigo do filósofo e membro da Escola de Frankfurt, Adorno, publicando uma obra conhecida como “Teses Sobre os Conceitos de História” e busca uma aproximação da filosofia de Georg Lukács . Na Escola de Frankfurt, os filósofos Adorno e Horkheimer, publicaram a obra “Dialética do Esclarecimento”, criticando a cultura ditatorial imposta na época, o mau gosto e a força do Imperialismo Yankee com a sua cultura. Com isso, temos de uma forma sucinta os principais expoentes da literatura alemã, deixando um legado literário fantástico, consolidando inclusive as obras do escritor tcheco Kafka, por ter escolhido a língua alemã para a publicação de suas obras.

Nenhum comentário:

Postar um comentário