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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A CRISE NO EGITO


A crise que toma as ruas da capital egípcia, Cairo, tomou proporções significativas no país, no Oriente Médio e principalmente no governo americano, que por sinal, sente o desmanche do governo totalitário do presidente Hosni Mubarak. O principal aliado dos egípcios é os EUA, impedindo o apoio de Obama ao presidente Mubarak, com manifestações da massa, pedindo e reivindicando a saída imediata do presidente ditador. No ocidente muitos citam a cultura islâmica como retrógrada, obviamente, algumas idéias fundamentalistas tentam resgatar uma sociedade medievalista, por volta dos séculos VII e VIII d.C; como foi feita pelos talibãs no Afeganistão, pós – queda da extinta União Soviética.

Mas manter um presidente por 30 anos mostra como os norte – americanos e israelenses pararam no tempo. Apresentaram uma justificativa, sem qualquer prova atual e histórica, que o partido Irmandade Muçulmana representa uma filosofia ou fundamentalismo islâmico, esbarram no estereótipo islâmico e vai de encontro com a democracia, conceito deturpado pelos próprios norte – americanos, alimentando um paradoxo entre a democracia que defendem no Egito, mantendo um presidente antidemocrático. O defensor e franco opositor ao regime, é o Nobel da Paz Mohamed El – Baradei, tornando – se o principal ícone desse processo transitório. A retórica dos EUA não tem consistência por dois motivos: em Israel encontramos um judaísmo fundamentalista, com o partido Likkud, perseguidores dos palestinos e nos EUA a ala mais radical do Partido Republicano, os conhecidos Tea Party, representam o fundamentalismo cristão e perseguidores dos outsiders. O cenário egípcio, por mais que tenham conflitos e cenário revolucionário, a busca do equilíbrio social e econômico só será possível com uma transição política.

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