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segunda-feira, 18 de abril de 2011

REFLEXOS DO EXISTENCIALISMO


Um dos objetivos fundamentais da Filosofia é exercitar no campo metafísico, a maiêutica socrática entre jovens, que sentem os efeitos socioculturais, quase semelhante à uma claustrofobia por estarem à margem de um sistema cada vez mais dependente do conhecimento especializado, restrito - com uma capacidade strictu sensu de profissionalizar o mercado - cada vez mais exigente. Independente da temporalidade e conceitos construídos por filósofos contemporâneos, as ideias passam por reciclagem e o homem em si, sobretudo, sobre o seu ser, sabendo que é a medida de todas as coisas, como bem definiu o filósofo grego Protágoras ( 480-411 a.C ). A medida, sem trocadilhos, do filósofo Heidegger ( 1889 - 1976 ) era a própria escrita, como o ponto de equilíbrio numa sociedade germânica, que sentia uma profunda crise social, mas mascarando esta crise principalmente de identidade com a política nazista, alimentando o seu ser e de milhões que encontravam – se numa profunda crise existencial. Seu legado literário e filosófico materializa sussurros de um homem que vagava através das letras, o fim de um obscurantismo platônico e cavernoso. A saída desta caverna seria a razão, porém o ópio do povo era o fundamentalismo, o sectarismo político, maquiado com um novo sentimento ultranacionalista, sufocando anseios através do exercício diário do homem em si, do seu ser, estilhaçando teorias relativas e impregnando corpos e mentes com uma esperança de recuperar de uma forma subjetiva e coletiva, principalmente dos mais jovens no período vanguardista, uma verdade única e consolidada com o que os sofistas gregos tinham de melhor, ou seja, a retórica. Observo, diariamente, os anseios pós – Heidegger e até pós – Sartre, uma angústia sem precedentes, independente da idade, credo, etnia ou classe social, mas grosso modo, sem compreender o passado, perdido no presente e temendo o futuro. Essa é a essência mais angustiante do homem que se alimenta barbaramente, do seu próprio reducionismo, com uma antropofagia sem precedentes.

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