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terça-feira, 26 de abril de 2011

AS INVASÕES BÁRBARAS







Os séculos IV e V foram marcados pelas invasões dos povos bárbaros de origem euro-asiática, que ocupavam terras romanas além do Rio Danúbio por motivos de sobrevivência, saindo das planícies russas e mantendo a cultura nômade com os hunos, uma civilização de origem mongol, cujas atividades principais eram a caça, o pastoreio e a rapinagem, estudada com propriedade pelo historiador francês Pierre Riché [ RICHÉ, Pierre – As Invasões Bárbaras, Lisboa, Ed. Europa – América, págs 385, 1987 ] e citada por Amiano Marcelino, historiador do século IV: “sob uma forma humana, vivem em estado de animais”. Obviamente, uma observação de um romano parcial.
A invasão dos hunos contribuiu com o fim do reino dos ostrogodos em 375 e obrigou os visigodos à pedirem asilo ao Imperador de Constantinopla, Valente. A ocupação foi pacífica, porém as medidas austeras do Império Romano do Oriente em 377 fez com que os visigodos se rebelassem, criando um conflito armado em Adrianópolis em 378, tendo o imperador morto pelos visigodos e facilitando a expansão deles na região dos Bálcãs. As invasões bárbaras foram inevitáveis, o que exigiu dos romanos acordos diplomáticos, fornecendo víveres e escravos para os visigodos, ostrogodos, vândalos e alanos, povo de origem iraniana. O pior ainda estava por vir com a pilhagem de Roma em 410, atingindo o moral romano, apesar das perdas humanas e consideravelmente expressivas. Os pagãos culpavam o cristianismo, pois durante a Roma pagã, a cidade cosmopolita não tinha caído em mãos “bárbaras”. O triunfalismo cristão, construída com Constantino estava ameaçada, porém Santo Agostinho procurou amenizar o acontecimento, citando – o como providencialismo divino na obra: “A cidade de Deus”. Os povos bárbaros ocupavam terras que até então eram dominadas pelos romanos, como as Gálias, Hispânia e Britânia ( atuais territórios da França, Bélgica, Península Ibérica e Grã – Bretanha ), além dos territórios do norte da África, formando no mundo antigo, um verdadeiro mosaico étnico e cultural. Esta bela obra mapeia uma nova Europa e nos enriquece com informações seguras sobre as raízes da civilização européia.



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