O que busca?

terça-feira, 4 de outubro de 2011

A PUNIÇÃO COLETIVA





O último encontro entre líderes mundiais foi marcado pela reivindicação da autoridade palestina, Mahmoud Abbas, no reconhecimento do Estado da Palestina, com um pedido formal na ONU e prontamente aceita pela maioria das nações, sobretudo, dos Estados Árabes, que passam por uma transição cultural e política, conhecida no momento atual como “Primavera Árabe”, florescendo o espírito democrático que estava em cada um dos jovens no mundo árabe. Obviamente, a idéia é comungada pelos palestinos desde a criação do Estado Israelense, em 1948, com assentamentos, já existentes para os palestinos, desde os primeiros movimentos sionistas que deram início no século XIX. O problema vai além dos conflitos étnicos e passa por questões básicas, mas sem perder a sua complexidade, como a geografia que separa a Cisjordânia da Faixa de Gaza e entre os dois o território israelense.
As dificuldades são inúmeras, como a falta de alimentos, água potável, explorando principalmente o lençol freático da Palestina atendendo assentamentos judeus, tanto em Israel quanto na Palestina. Recentemente, um navio turco foi impedido de levar mantimentos para os palestinos, após o confisco de israelenses, abrindo uma profunda crise diplomática entre Turquia e Israel. Na atual conjuntura geopolítica, a Turquia tem sido um importante ator nas relações entre o Ocidente e Oriente. Algo que não era visto desde a formação do Império Otomano. A situação é degradante nos territórios palestinos, e ainda por cima, o Congresso Americano decidiu retirar os U$200 milhões, após o pedido formal de Abbas de reconhecer a Palestina como Estado em Nova York. É uma punição coletiva, agravando o setor social e econômico em toda a Palestina. O muro que separa os territórios palestinos de Israel pode ser encarado como um apartheid étnico, com a justificativa de conter terroristas palestinos e libaneses que visitam a Jerusalém Oriental, sagrada e revindicada pelos palestinos como capital do seu Estado. Os acordos anteriores não surtiram o efeito esperado, fracasso dos mediadores norte - americanos e europeus e colocando a ONU novamente como o principal protagonista nas mediações no Oriente Médio. Esperar por um bom senso de todos para que todos possam amenizar a angústia dos palestinos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário