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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

MARCAS DA MODERNIDADE!



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Em uma determinada ocasião, eu li a obra do sociólogo polonês Zigmunt Bauman “Mal – Estar da Pós – Modernidade”( 1 ), esmiuçando as características sociais e culturais do homem moderno e sua crise de identidade após a queda do conflito ideológico entre capitalistas e socialistas. Por outro lado, temos o filósofo Bruno Latour( foto ) que disse o seguinte: “jamais fomos modernos!”, estudando grupos diversos, interligados e suas naturezas de uma forma antropológica, relatando as margens sociais e não o seu centro, seguindo o caminho inverso da maioria dos antropólogos ( 2 ). Ninguém tem dúvida que existem marcas da História Contemporânea como o nascimento das ideologias esquerda e direita durante a Revolução Francesa, com jacobinos e girondinos e concretizados com os bolcheviques e mencheviques na Revolução Russa, uma luta de classes e conceitos que quase se tornaram absolutos.

O século XX ficou marcado pelas duas Grandes Guerras, desenvolvimento dos recursos tecnológicos como a robótica e a internet que revolucionou a cultura contemporânea. Depois que o historiador Eric Hobsbawn mostrou as extremidades do século XX entre 1917 e 1991( 3 ), estas diferenças ficaram mais intensas com fome que nunca acaba do Congo ao interior da China, conflitos étnicos entre Tutsi e Hutus na África subsaariana com apoio de países ricos que mancham diamantes com sangue de crianças escravizadas e mulheres violentadas.

Depois da queda do muro de Berlim, nasce talvez uma das principais marcas da história contemporânea com o neoliberalismo econômico, uma nova globalização e formação de blocos econômicos que foram varridos com a crise econômica em 2008. Nesta primeira década do século XXI, assistimos literalmente novos rumos da política internacional dos EUA, erros primários e gastos excessivos no Iraque e Afeganistão. Países emergentes como Índia, China e Brasil já ocupam um novo espaço nas relações internacionais, explorando suas riquezas naturais.

O Brasil possui um enorme potencial, tem água em abundância com sua reserva subterrânea, conhecido como aquífero guarani, que vai da Argentina até o Estado de Goiás. Temos a floresta amazônica que concentra a maior biodiversidade deste planeta, com plantas e animais catalogados por universidades brasileiras e estrangeiras e para finalizar, o país concentra riquezas minerais em Minas Gerais com ferro, bronze, manganês, bauxita entre outros materiais que são exportados e bem utilizados nas indústrias brasileiras. Estas matérias – primas, com certeza, serão estudadas e catalogadas pelos historiadores e professores do futuro que poderão discutir com precisão a história contemporânea neste início do século XXI.


BIBLIOGRAFIA:


( 1 ) BAUMAN, Zigmunt: Mal - Estar da Pós - Modernidade, Jorge Zahar - Rio de Janeiro, RJ - 1998.


( 2 ) LATOUR, Bruno: Jamais Fomos Modernos, Editora 34 - São Paulo, SP - 1994.


( 3 ) HOBSBAWN, Eric - A Era dos Extremos - Companhia das Letras -São Paulo, SP - 1995.

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