O que busca?

sábado, 30 de outubro de 2010

OS PRIMÓRDIOS DO EXISTENCIALISMO: FILOSOFIA E LITERATURA NOS SÉCULOS XVI E XVII


A maioria das obras literárias dos séculos XVI e XVII fortaleceram um espírito inovador sobre o mundo, com uma profunda metamorfose, lembrando o escritor Franz Kafka. Algo pertinente numa Europa em transição entre cultura teológica para uma mentalidade humanista e antropocêntrica, polarizando obras que rompem com uma cristandade ortodoxa e dominadora. No mundo cultural, os principais expoentes da literatura, escreveram com uma tonalidade crítica com lirismo, força ideológica, como a obra “Dom Quixote” de Miguel de Cervantes - soprando na mente dos humanistas o vazio social de um cavaleiro medieval – em um mundo europeu ainda sem identidade

O escritor, dramaturgo e referencial literário William Shakespeare ( foto ), deixou um legado com “Hamlet”, tendo o contato com a metafísica existencialista, antes mesmo do primeiro esboço sobre o tema com Jean – Paul Sartre, com a famosa frase: “to be or not to be” ( ser ou não ser ), dissecando a crise existencial presente, com questões plurais. Ser medieval ou moderno? Ser arcaico nas idéias ou progressista? Teocêntrico ou antropocêntrico? Pensamento laico ou cristão? Eis a questão!

A física resgata sua identidade com a cultura heleno – latina, mas com discussões pertinentes, com acidez intensa entre a Igreja e a ciência, desde a medicina, marginalizada e estereotipada até o tema mais discutido no ápice do renascimento científico: geocentrismo e heliocentrismo, alimentando a dialética entre a verdade e a inverdade, com um conflito entre a intelligentsia livre e pensadores cristãos que alimentavam uma retórica frágil. Este era o grande temor de Igreja, tendo como referencial o filósofo que foi queimado, Giordano Bruno.

A pluralidade literária e de ideias deu margem para que o homem explorasse a filosofia sem as letras, através da arte, em um momento pré - cartesiano. Não poderia ser arte pela arte somente com a cultura esteticista e aristotélica, mas uma arte com impressionismo, expressionismo e dadaísmo. Renasce a filosofia da arte com um impacto em toda a sociedade burguesa em formação e sem vulgaridade, tanto temida por aqueles que investiram na nova roupagem da literatura e filosofia, com uma leitura visual do legado de Michelangelo, Rafael, Donatelo e Boticelli.

Nenhum comentário:

Postar um comentário