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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O LABORATÓRIO DOS VENENOS


O escritor, jornalista e dramaturgo russo Arkadi Vaksberg, escreveu uma obra sobre a indústria do assassinato político na extinta URSS e na atual Rússia ( VAKSBERG, Arkadi – O laboratório dos venenos, Nova Fronteira – São Paulo, SP, 2007 ) relatando a degola dos opositores, dentro do Partido Comunista e Estado Soviético. Segundo o escritor, Lênin foi um carrasco que eliminou de uma forma fria e calculista, todos os seus opositores, membros do exército branco e a população, tendo o apoio dos extremistas leninistas e stalinistas com a prática do envenenamento.

Aos membros do Exército Russo na região do Cáucaso, Lênin enviou a seguinte mensagem: “Só temos que degolar todo mundo”. Esta carta faz parte do comunista, escrita no dia 19 de dezembro de 1919, com orientação, detalhando requintes de crueldade preconizada como “enforcar, fuzilar e afogar em segredo para semear o terror”, com o objetivo bem claro de fazer uma limpeza da classe burguesa, transpirando ódio e repugnância. Inúmeras cartas foram escritas para os bolcheviques: “Não se deter diante de nada, nem de terror, no ataque contra a burguesia”, “Enforcar sem piedade em cordas fétidas todos aqueles entravarem o caminho da classe operária”, “Nada de agir com cautela, não somos fracotes: fuzilar alguns milhares de crápulas. Isto servirá de lição ao nossos inimigos”.

Os inimigos de Lênin eram os cidadãos russos, com mortes camufladas em “suicídios”, “insuficiência cardíaca” ou “contato com bactérias” . O crédito desta indústria dos assassinatos foi dada ao químico Grigori Mairanovski ( Doutor Morte ), criando venenos potentes e eficientes, dificultando inclusive a autópsia dos corpos: “Num certo número de casos, os envenenamentos são praticados de tal forma que podem se fazer passar por uma doença que conduz o “paciente” à morte “natural” [...] Stálin fazia questão de analisar o relatório da morte dos seus opositores nos gulágs siberianos e o seu investimento no laboratório dos venenos, executando intelectuais, profissionais liberais e políticos, com o objetivo de manter a política ideológica do Estado Soviético. Este laborário está em funcionamento, eliminando em 2007 , o ex - agente da KGB Alexander Litvinenko por ser possivelmente informante para a Grã - Bretanha, criando uma forte suspeita com o hoje Pimeiro - Ministro Vladimir Putin e não mudando o método criado pelos bolcheviques.

Um comentário:

  1. Realmente, o envenenamento era muito popular entre as elites políticas. Vide os tantos reis que assim morreram, não é mesmo?

    Caso não tenha lido, recomendo os livros "Os reis malditos", de Maurice Druon. Apesar do deslocamento histórico para o século XII e XII, o livro retrata semelhantes 'desgraças' pelo poder na França orfã do Rei de Ferro.

    Belo blog, abraço

    Wellington Souza
    Coordenador Geral
    Comunidade literária Benfazeja

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