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terça-feira, 3 de maio de 2011

UM AMANTE POR SEBOS












Geralmente um professor, escritor e pesquisador têm preferência em comprar livros nas livrarias franqueadas, ter contato com livros novos, obras com editoras com enorme credibilidade perante intelectuais, tradutores e eruditos na área de Ciências Sociais. Sou um desses que percorre livrarias, mas confesso que sou um arqueólogo de sebos. Livros que apresentam edições esgotadas e só encontradas em sebos, muitos livros já meio amarelados, com cheiro de guardado, meio esquecido, porém cheio de riquezas, bem escrito por grandes pensadores que fomentaram o saber científico. Só neste ano li cerca de 10 livros, sendo que 3 ou 4 são sebos e viraram resenhas literárias e referências bibliográficas neste respectivo blog.
Como um arqueólogo, sinto um frisson ao encontrar livros raros e com uma qualidade literária que nem todos conseguem apresentar obras lapidadas e inteligentes, sobretudo, no campo da antropologia cultural e história cultural, com temas homogêneos e heterogêneos em lojas franqueadas, tendo como alternativa, sebos nas grandes capitais ou sebos virtuais, uma opção bem interessante para os escritores e leitores isolados em comunidades bucólicas no Brasil e no mundo. Os sebos apresentam uma vantagem considerável em relação as livrarias franqueadas. O preço! Encontramos livros que giram entre R$5 reais à R$40 reais na área de Ciências Sociais. Não posso falar pelas demais capitais do país, mas sei que o Rio de Janeiro é um imenso celeiro literário, incunábulos e códices que se encontram no Real Gabinete Português de Literatura, Biblioteca Nacional, Casa Rui Barbosa, Instituto Moreira Sales e algumas universidades credenciadas pesquisam e compram obras raras, tendo em alguns casos, a sorte de receber verdadeiras bibliotecas com cerca de 20, 30 ou até 40 mil exemplares, verdadeiros tesouros literários que são presenteados post – mordem pelos leitores de gabinete. Livros são como vinhos, ficam bem melhores com o tempo e a qualidade é inquestionável.

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