O que busca?

segunda-feira, 4 de abril de 2011

AS REVOLUÇÕES: 1789-1848


Os anos de 1789-1848 marcaram profundamente o homem contemporâneo por ter participado das duas principais revoluções burguesas entre os séculos XVIII e XIX. O mundo moderno ainda respirava uma cultura feudal e profundamente arcaica, mesmo com os respingos do movimento renascentista, porém o mundo era extenso e rural. O monopólio da aristocracia feudal dominava uma Europa em transição, mantendo um estruturalismo medieval – conservador, antiliberal e crítico do racionalismo ideológico dos iluministas do século XVIII, bem escrita na década de 80 do século XX [ HOBSBAWN, Eric – A era das revoluções: 1789-1848. Ed. Paz e Terra, Rio de Janeiro, 425 pags- 2007 ]. A Grã – Bretanha amplia seus horizontes primordialmente com a comercialização de algodão, desenvolvimento peculiar das maquinarias, implementando uma política de canhoneira e darwinista em terras que sustentaram uma filosofia economicista do escocês Adam Smith, com o tão clássico “A Riqueza das Nações”, buscando no campo das idéias, a polarização do bem – estar social, sobretudo, nas camadas menos favorecidas, mas a realidade foi colocada com propriedade e dedução, feita é claro, por Saint – Simont de uma forma racional e escrevendo as entranhas da desigualdade. A cultura agrária de domínio de acres foi substituída pela cultura urbana e cosmopolita, principalmente com a malha ferroviária que ampliou uma rede comercial no mínimo estratosférica e profundamente econômica. No campo do saber científico, a intelligentsia liberal e politizada, buscou pluralizar a cultura desde obras literárias de forte apelo crítico ao sistema débil no campo e a aceleração do mundo urb, citada por um dos principais expoentes literários do século XIX, Balzac com “A Comédia Humana”, reflexos literários de uma França tomada por filosofias socialista, comunismo primitivo, jacobinismo e girondinos pós – Napoleão. O jacobinismo implementou uma filosofia relativista desde Robespierre à “Primavera dos Povos”, estremecendo a Europa com um mapa napoleônico e nacionalismos modernos de ingleses até russos, consolidando a cultura como leitmotiv do rococó, passando por Beethoven ao dedicar a música Eroica a Napoleão. A literatura poética de Goethe como tronco linguístico ou movimentos revolucionários do escritor romântico Dostoievski, assim como todos os demais escritores modernos e vanguardistas dos anos novecentos. O livro é rico e o historiador é comprometido com uma literatura heterogênea e histórica é claro. Uma obra completa em um mundo em transformação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário