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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

INQUIETAÇÕES LITERÁRIAS




Na condição de escritor e leitor, eu gostaria de citar obras que aguçam a minha curiosidade literária neste momento. Alguns livros que não foram lidos por circunstâncias ainda não explicadas, porém, acredito eu, falta de maturidade ou puro desinteresse nos temas propostos pelos autores ou livros que eu já li, entretanto, foram proibidos por questões ideológicas. Na semana passada li uma matéria sobre a obra condenada pelo clérigo islâmico e falecido Khomeini, “Versos Satânicos”, do escritor Salman Rushdie e publicado nos anos 80. Hoje, radicais islâmicos condenam livros, assim como a Igreja Católica fez nos tempos medievais, colocando autores na berlinda e considerando obras uma verdadeira afronta à formação cultural e intelectual dos conservadores religiosos. Ideias e retóricas são forças –motrizes para alimentar os nossos neurônios, mas muitos foram e são colocados como antro da perdição humana, proibidos nos Estados Totalitários. As obras “O Processo” e “Metamorfose” do lírico escritor tcheco Franz Kafka, foram proibidos na extinta União Soviética, por ter uma conotação burguesa, assim como o escritor, dramaturgo e filósofo moderno Jean – Paul Sartre com o famoso “A Idade da Razão”.
Um livro sobre a vida de um romântico e intelectual burguês, na França da clássica Piaf pós – II Guerra Mundial. Sartre, para os leigos, era membro do Partido Comunista Francês, entretanto, sua obra não foi publicada na URSS. Carlos Drummond de Andrade foi achincalhado em um colégio de jesuítas, em Friburgo. Seus poemas passaram batidos e seu reconhecimento ficou em segundo plano e mágoas nada poéticas em Drummond, com crônicas que serão em breve publicadas. Um dos maiores escritores da Turquia, Orhan Pamuk, tornou – se persona non grata por ter um posicionamento político. Seu posicionamento custou caro, no que se refere à publicação do seu livro “Neve” no território turco, sob constante observação do Ministério da Cultura na Turquia. O livro “Em nome de Deus” do escritor David Yallop cita o submundo da cristandade, mantida em segredo por séculos e conceitos que não condizem com a filosofia cristã. Um livro que mostra o Vaticano com um telhado de vidro tão frágil quanto nos tempos de Lutero, mas um livro parcialmente lido por mim. São obras que não tive a oportunidade de ler, mas acredito que no momento oportuno, chegarão em minhas mãos naturalmente, absorvendo as observações desses ora célebres, ora “perigosos” autores que deixa-me inquieto e curioso, assim com a obra “Os Manuscritos do Mar Morto” ( foto ) do escritor Laperrousaz, citando pergaminhos intactos encontrados em meados do século XX, e hoje encontram – se na Universidade Hebraica de Jerusalém, ou seja, uma verdadeira arqueologia filológica e literária antiga e cânone bíblico. A inquietude toma o pensamento que vagueia entre essas obras. E que obras!!

Um comentário:

  1. Estão querendo retornar ao tempo da ditadura em que a imprensa e os artistas (músico e escritores) só podiam publicar aquilo que era conveniente ao governo.É um absurdo!

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