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quarta-feira, 4 de abril de 2012

A CULTURA DA BELEZA E DA ESTÉTICA MEDIEVAL



A formação bibliográfica da Idade Média, especificamente, entre os séculos XIII e XV foi toda ela pautada nos estudos aristotélico – tomistas, buscando nas artes e beleza, a compreensão da estética medieval da luz à compreensão da metafísica neoplatônica e estudada pelo escritor e bibliógrafo Umberto Eco [ ECO, Umberto. Arte e beleza na estética medieval. Rio de Janeiro. Ed: Record, págs 350, 2010 ] Entre os principais expoentes da interpretação da cultura medieval latina, o escritor cita Santo Agostinho, o aristotélico São Tomás de Aquino, Bernardo de Chartres, Clemente de Alexandria, Pseudo Dionísio Areopagita e Plotino, estudiosos da filosofia clássica e helênica da beleza mundana, homérica e estóica com uma perfeição estética, mentalidade estrutural sólida durante o Renascimento Carolíngeo poético das ideias absolutas e relativas em um mundo pronto, hegeliano e cheio de simbolismos da cristandade, com uma alegoria interpretativa, ou seja, a hermenêutica em plena atividade da nata filosófica em estética romântica das coisas em si, influenciando, sobretudo, da Escolástica à Dante Alighieri em uma harmonia das artes no campo literário, da matemática, do homem e seu corpo não profanado, mas imagem e semelhança de Deus, Uno, com proporcionalidade pitagórica do homem e de Deus.
Visão de uma beleza com “splendor formae” única, bem diferente de Giordano Bruno que via o mundo com pluralidade. Dante ainda era considerado medieval por manter a filosofia escolástica com textos literários, com significados infinitos, decodificados em enciclopédias, uma herança da intelectualidade medieval, na cultura Renascentista barroca. É uma leitura do universo, numa dialética profano versus divino, repleto de simbolismos e movimentando uma ordem teológica, com catedrais góticos ou românicos, lidas pelos eruditos leigos e universitários, fazendo frente a poesia vulgar e abstrata, com Petrarca desprezando os “bárbaros” parisienses que mantinham um arcaísmo literário heleno – latino que inquietou pensadores do belo, da estética e da arte que predominou temporalmente a Idade Média e permanece até o nosso presente com uma hermenêutica moderna.

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