No
século XIX o presidente paraguaio Solano Lopez tentou criar o seu próprio
império, tentando anexar ao país territórios da Argentina, Uruguai e Brasil e
assim formar o “Grande Paraguai”. Seu objetivo não foi alcançado, colocando o
país numa berlinda sem precedentes e em um conflito impulsionado pela Grã –
Bretanha entre os quatro países, com a chamada Guerra do Paraguai ( 1864 – 1870
). O conflito armado foi avassalador para os paraguaios, reduzindo 50% a
população e colocando o país numa profunda dependência da Tríplice Aliança e
dos países ricos. O Paraguai voltou ao cenário regional e internacional devido
o impeachment do ex – presidente Lugo, através de um golpe parlamentar, usando
a carta constitucional em benefício das oligarquias que não aceitam uma reforma
agrária, beneficiando as classes menos favorecidas.
Como
bem sabemos, o Paraguai do presidente empossado Franco encontra – se suspenso
do Mercosul e impossibilitado de estabelecer acordos bilaterais e
multilaterais, colocado na geladeira de uma forma provisória. O Brasil tem
usado uma alternativa mais madura e menos passional para castigar o Paraguai,
sem causar danos à população paraguaia, como manter as atividades comerciais e
sem causar impedimento de produtos para o território do país vizinho. Atitude
bem diferente dos demais países e que será pauta no próximo encontro do
Mercosul, em Mendoza, Argentina. O que nos chama atenção é a independência do
bloco, sem interferência norte – americana na região e autonomia para tomar
medidas, mesmo que seja encarada como unilateral, como o da presidente
argentina Kristina Kirchner, que retirou o seu embaixador de Assunção. A crise
institucional do Paraguai mostrou a importância desse Estado na Geopolítica e
Geoeconomia, principalmente para o Brasil devido o acordo bilateral de Itaipú e
do futuro dos brasiguaios, muitos, aliás, latifundiários que apóiam a atual
gestão presidencial, além de mostrar que oligarquias, ainda exercem influência
em políticas nacionais.
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