O
historiador francês Georges Duby com uma bela dissertação sobre a Europa
medieval no ano 1000 [ DUBY, Georges, A Europa na Idade Média – Ed. Martins
Fontes, São Paulo, 1988, págs 170 ] o temor dos servos e dos senhores feudais
com a permanente invasão de bárbaros pagãos, dos escandinavos, sarracenos,
entre outros. O mundo distinto entre os bárbaros invasores que buscavam terras
férteis e o desejo dos senhores feudais de manter vivo o Império Carolíngio de
Carlos Magno de manter viva a cultura heleno – latina.
Em
um mundo que o Estado Real era tosco e praticamente estático, sem circulação de
moedas e poucas estradas, limitando o mundo medieval europeu. No campo
literário, os eruditos estudavam e recuperaram incunábulos raríssimos de
Sêneca, Boécio ou Ovídio e bíblias reproduzidas aos montes no tempo de Luís, o
Piedoso ou de Carlos, o Calvo. Os livros importados de Bizâncio, dentre eles, o
pergaminho das Perícopes ( FOTO ), confeccionados por volta do ano 1020 para o Imperador
Henrique II. A Igreja é a redenção do homem por volta do ano 1000, o equilíbrio
de forças entre o bem e o mal; a força do Sacro Império. A Igreja contempla o
poder, a riqueza com valor estético e material, construindo abadias, dentre elas
a de Cluny, com monges excessivamente envolvidos com o luxo e pelo supérfluo.
Dois universos, dois mundos que marcaram a Europa cristã e a Europa pagã,
exigindo uma diáspora de cristãos temerosos com os sarracenos à seguirem para a
Judeia, passando por Bizâncio e conquistada primeiramente pelo convertido
Constantino em 333 d.C. a importante e
estratégica Constantinopla. Jerusalém é o coração das religiões monoteístas e
cobiçada por monarcas, árabes islamizados, templários e hereges que buscavam a
salvação no coração da Idade Média, a Terra Santa.
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