O
escritor francês Jean – Paul Caracalla escreveu uma obra que enaltece o
Modernismo Francês, entre 1920 – 1940 [ CARACALLA, Jean - Paul. Os Exilados de Montparnasse ( 1920 - 1940 ) Ed. Record, Rio de Janeiro - RJ, págs 287, 2009 ] a larga e intensa atividade intelectual
e cultural de Paris, colocando a livraria anglo – americana Shakespeare and
Company como ponto de encontro cultural dos principais expoentes da
intelligentsia, costurando um novo pensar sobre o mundo, a vida cosmopolita
retomada, mesmo em um período de turbulência econômica e política pós – I Guerra
Mundial ( 1914 – 1918 ). Escritores norte – americanos e britânicos fugiam da
atmosfera puritana, calcada nos estereótipos e numa vida ortodoxa. James Joyce ( FOTO ) pôde alavancar no ceio parisiense moderno, sua célebre obra “Ulisses”, assim
como Ernest Hemingway, o poeta Ezra Pound, Pablo Picasso com suas pinturas e o
consciente escritor Paul Valéry.
Ernest
Hemingway chega a Paris em 1921 e logo busca a principal fonte de cultura
literária parisiense, a livraria Shakespeare and Company, fuçando e pegando
como empréstimo obras dos escritores, já com a credibilidade consolidada como
Turgueniev, Tolstoi, Gustave Flaubert ou Guy de Maupassant e escrevendo poemas,
crônicas ou contos para os jornais anglo – saxônicos. Vários críticos
literários analisavam a obra “O Grande Gatsby” de Scott Fitzgerald entre
xícaras de chá e cafés em livrarias de Montparnasse, porém , com o tempo,
Fitzgerald entrou em um profundo declínio humano e intelectual, fruto do
alcoolismo, encurtando a sua atividade literária e promissora. Gertrude Stein,
escritora de respeito, teve uma imensa dificuldade de encontrar editoras e até
mesmo tipógrafos para a publicação de suas obras, algo notório até nas obras de
James Joyce, D.H. Lawrence e Henry Miller, sendo vendidas na clandestinidade
nos anos sombrios em Nova York. A proprietária da livraria Shakespeare and
Company, Sylvia, opta em colaborar com o escritor James Joyce na publicação da
obra “Ulisses”, devido a dificuldade de publicar o livro nos países anglo –
saxônicos, devido o puritanismo e o sexismo que tomavam conta das primeiras
décadas do século XX. Este livro, não exigirá de nós, um passeio à meia – noite
em Paris para encontrarmos esses célebres e notáveis escritores. Basta ler e
sentirmos com a leitura o ápice do modernismo parisiense.
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